quinta-feira, 3 de novembro de 2016

Como criar hábitos saudáveis antes dos 30 anos







20/10/2016 - 12h11 - Atualizada às 12h11 - POR ÉPOCA NEGÓCIOS ONLINE

É neste período da vida que a maioria dos hábitos são estabelecidos para o resto da vida




maratona, corrida, esporte, exercícios (Foto: Thinkstock)

Você acorda bem cedo e qual a primeira coisa que faz em seu dia? Toma um banho, checa seus emails ou come uma torrada? O que você diz às pessoas com quem mora, assim que acorda? Na hora do almoço a sua opção é salada ou hambúrguer? Quando finalmente volta para casa, você troca de roupa e vai para a academia ou prefere fazer um jantar e ficar em frente à TV?
Grande parte das escolhas que você faz em cada hora do seu dia podem parecer fruto de decisões bem pensadas ou calculadas. Mas não são. Você as faz por hábito. E refletir sobre cada um deles é importante e tem um enorme impacto em sua vida, segundo análise publicada no New York Times. Das refeições que costuma fazer, como você gasta suas noite e com qual frequência você se exercita.
O jornal afirma que se essa reflexão for feita, particularmente antes dos 30 anos, é decisiva, já que é nesse momento da vida que muitos dos hábitos ainda estão sendo formados ou estruturados. É neste período, prioritariamente, que você estabelece atitudes que terão impacto em sua saúde, produtividade, segurança financeira e felicidade por décadas. Quanto dinheiro você ganha, quanto tempo você gasta com seus amigos e família, como você cuida do seu corpo e da sua saúde?

De acordo com o artigo do NYT, na última década, houve um enorme avanço nas pesquisas na compreensão do papel da neurologia na formação dos hábitos - e porque, uma vez estabelecidos, eles são tão difíceis de serem quebrados. Hoje já é possível saber, de forma científica, como criar bons hábitos e mudar os ruins. O chamado "núcleo" de criação de todo hábito é formado por três pressupostos neurológicos: um incentivo (ou uma "deixa"), uma rotina e uma recompensa. Para conseguir criar o hábito de se exercitar, por exemplo, você precisa aprender a estabelecer o incentivo e recompensa corretos.

O New York Times cita uma pesquisa realizada em 2002 pela Universidade do Novo México com 266 pessoas. A maioria se exercitava ao menos três vezes por semana. Grande parte havia começado a correr ou perder peso quase que por um "capricho" - ou porque percebeu que tinha tempo livre ou porque queria se livrar de algum estresse pelo qual estava passando. A razão para continuar se exercitando, porém - ou seja, quando aquilo virou de fato um hábito -, era porque eles haviam estabelecido o incentivo correto e uma recompensa específica.

Se você começar a correr toda manhã, é fundamental escolher um incentivo simples - como sempre se exercitar no mesmo horário - e uma recompensa bem clara - como medir cada novo percurso (ou km) que você consegue percorrer.  Inúmeros estudos, contudo, têm mostrado que, em um primeiro momento, as recompensas que advêm diretamente do exercício não são suficientes.

Então, para ensinar seu cérebro a associar exercícios a recompensas estimulantes, você precisa se dar algo que realmente goste - como um pequeno pedaço de chocolate, por exemplo, após seu exercício. Isto é algo contraintuitivo, porque a maioria das pessoas começa a fazer exercícios para emagrecer. Mas, o objetivo aqui, é treinar o cérebro a associar a deixa correta ("São cinco horas") à rotina (três quilômetros feitos!) e recompensa ("Chocolate"). 
Com o tempo, o cérebro começar a esperar a recompensa independente do que ela for - e você não precisará mais do chocolate. Na verdade, você não vai nem querer. Mas até sua neurologia aprender a apreciar as endorfinas e as outras recompensas inerentes ao exercício, você precisa de algo para começar - e estimular - esse processo.

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